Peguem um punhado de sal, ou não, porque as Irmãs Sanderson e Abracadabra estão de volta.
| Título: Abracadabra 2 |
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| Ano de Produção: 2022 |
| Dirigido Por: Anne Fletcher |
| Estreia: 30 de setembro de 2022 |
| Duração: 1h47min |
| Classificação: +12 anos |
| Gênero: Fantasia, Comédia e Terror |
| País de Origem: Estados Unidos |
| Sinopse: Abracadabra 2 é a continuação da comédia clássica de 1993, com as bruxas malvadas, as irmãs Sanderson (Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy) provocando o caos. Fazem 29 anos desde que a vela da chama negra foi acesa e ressuscitou as irmãs bruxas do século 17, e elas retornam nesta continuação sedentas, querendo vingança. Duas jovens acidentalmente trazem de volta as Irmãs Sanderson para a Salem moderna e agora as adolescentes devem impedir que as bruxas vorazes causem mais estrago em Salem antes do amanhecer de Halloween. |
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Primeiramente, já alerto aos desavisados: a pretensão do filme não é trazer algo novo e, sim, exaltar tudo aquilo que funcionou no seu antecessor, com os elementos da década atual.
Em outras palavras, troquem sacrificar uma criança, por corredores imensos de cremes rejuvenescedores e máscaras faciais; ou vassouras voadoras, pelos famigerados aspiradores-robôs alados que, aliás, foi um dos momentos mais hilários que eu pude conferir nessa sequência.
Outra questão foi a miscigenação que no seu predecessor não continha. E isso pode ser explorado tanto nas três adolescentes, que tentam fugir das Irmãs Sanderson, encabeçadas por uma menina negra, uma menina branca e uma menina latina, quanto nas próprias fantasias do Halloween, em que é possível ver uma Catrina no meio da festa da cidade.
Ademais, o trio formado por Becca (Whitney Peak), Cassie (Lilia Buckingham) e Izzy (Belissa Escobedo), é um contraponto à “maldade” antes representada na figura das irmãs Sanderson. Em outras palavras, aquilo que antes era sinônimo de maldizer, foi substituído pela ideia de que cada pessoa tem um pouco de bruxa dentro de si, tão bem representado em Da Magia à Sedução (1998), com Sandra Bullock e Nicole Kidman, a título de exemplo.
Contudo, senti falta de uma singela participação especial do trio original encabeçado por Max Dennison (Omri Katz), sua irmã Dani (Thora Birch) e Allison (Vinessa Shaw), ou, ao menos, um relato do que aconteceu com eles, 29 anos depois. Embora tal desejo não seja nem um pouco relevante para a história.
Vale deixar claro que, diferente do clássico de 1993, Abracadabra 2 não é verdadeiramente uma caça às bruxas, até porque, franquias como Harry Potter ajudaram a desmistificar a opinião de que todos os bruxos são seres malignos ou adoradores de Lúcifer (embora Tom Ellis esteja repleto de fãs, não é mesmo?! Rsrsrs).
E é nesse ponto que voltamos à Salem no período da infância de Winifred (Midler), Mary (Najimy) e Sarah (Parker), em que somos levados às circunstâncias que tornaram as Irmãs Sanderson serem o que são. Isto é, o único “pecado”, que as garotas realmente cometeram, era de serem à frente do seu tempo. Algo, aliás, que me remeteu a filmes clássicos como As Bruxas de Salem, A Bruxa ou, até mesmo, o novato, Rua do Medo (1666).
Mas, verdade seja dita! Abracadabra 2 não seria Abracadabra sem as irmãs Sanderson. E nisso, meus caros geeks, fomos muito bem servidos, porque Bette Midler, Kathy Najimy e Sarah Jessica Parker trouxeram de volta o melhor de cada irmã, sem medo de serem caricatas ou não se encontrarem novamente em seus papéis.
As atrizes estão tão maravilhosas na volta das famosas irmãs que transmitiram uma sensação de que nunca existiu o intervalo de 29 anos entre as filmagens do clássico de 1993 e sua sequência de 2022.
Veredicto: Abracadabra 2
Com danças a la Thriller de Michael Jackson e um caldeirão de referências do seu predecessor, Abracadabra 2 é um filme divertido, pipoca e que transmite uma vibe de um clássico do Disney Channel, como Descendentes ou Twitches. É o tipo de longa que não traz nenhuma história inovadora, mas aposta naquilo que o tornou um clássico cult: a lenda e as brilhantes aparições das Irmãs Sanderson.
Curiosidade:
O filme tem uma cena pós-créditos, que “acende” uma esperança por novas sequências?!
Menção Honrosa:
A história estendida e devidamente “explicada” de Billy Butcherson.
Até mais, e Obrigado pelos Peixes!
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