Thor: Amor e Trovão | Confira nossa crítica

Thor Ragnarok, sem dúvidas, é uma obra-prima da Marvel. Diante disso, é totalmente compreensível que a direção do filme queira copiar aquilo que deu certo no seu antecessor. Contudo, a palavra que necessitou no novo Thor: Amor e Trovão foi parcimônia.

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Ficha Técnica
Título: Thor: Amor e Trovão
Ano de Produção: 2021/2022
Dirigido Por: Taika Waititi
Estreia: 7 de julho de 2022
Duração: 119 minutos
Classificação: 12 anos
Gênero: Ação e Aventura
País de Origem: Estados Unidos
Sinopse: Em síntese, Thor encontra-se em uma jornada diferente de tudo que ele já enfrentou – uma busca pela paz interior, mas sua aposentadoria é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que busca a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda do Rei Valquíria, Korg, e da ex-namorada Jane Foster que – para surpresa de Thor – inexplicavelmente empunha seu martelo mágico, Mjolnir, revelando-se a Poderosa Thor. Juntos, eles embarcam em uma angustiante aventura cósmica para descobrir o mistério da vingança do Carniceiro dos Deuses e detê-lo antes que seja tarde demais.

Um Deus “Zen”

Após os acontecimentos traumatizantes de Vingadores, Thor está em busca de um propósito, embora nem ele mesmo saiba qual é.

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Nessa jornada, ele continua junto do clã dos Guardiões da Galáxia, contudo a ideia que passa é de, apenas, um agregado. Isto é, o deus do trovão não mais se encaixa em nenhum lugar.

Nem mesmo na Nova “Asgarlândia” (sim, troquei, pois o local daria uma ótima Disneylândia), já que os asgardianos estão muito bem administrados pelo seu novo rei, Valquíria (Tessa Thompson).

É com o pedido de socorro de Sif (Jaimie Alexander) que o Deus Asgardiano interrompe a “procura da sua paz interior” e tenta impedir os avanços do Carniceiro dos Deuses.

Agora, verdade seja dita: que Chris Hemsworth está para Thor assim como Hugh Jackman está para Wolverine, isso não temos nenhuma dúvida, entretanto, é necessário dosar o nível cômico do personagem para que ele não caia no estereótipo do herói forte, másculo e bobo.

Poderosa Thor ou Dra. Jane Foster

Jane Foster tem sua própria batalha a enfrentar, principalmente, em relação ao câncer. É nesse contexto que ela ouve o chamado do Mjölnir e vai à Nova Asgard, quando, então, se transforma na Poderosa Thor.

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No entanto, embora o Mjölnir dê a ela uma sobrevida, o uso frequente do artefato faz com que o seu corpo humano não responda mais ao tratamento, diminuindo cada vez mais as suas chances de sobrevivência e elevando a carga dramática de sua história.

Jane Foster não é uma das melhores personagens do Universo Cinematográfico da Marvel. Não por conta de Natalie Portman, pelo contrário, a atriz é ótima no papel, mas digamos que a Marvel tem uma grande tendência em não trabalhar muito bem seus personagens femininos.

No entanto, o arco da personagem em Amor e Trovão é digno e suas interações com os demais personagens são o ponto alto do longa.

Em relação aos demais filmes do deus do trovão, senti que finalmente o par romântico com Thor deu certo, no melhor estilo Ana Raio e Zé Trovão. Aqui, eu realmente vi o tal do “je ne sais quoi” que faltava entre os personagens.

E, desculpe-me, Deus do Trovão, mas a química de Jane com a sua nova amiga, Valquíria, foi muito melhor. Se tivesse uma série do Disney+ das aventuras da Poderosa Thor e Valquíria, eu a assistiria.

Guitar Hero: Edição Guns N’ Roses

Thor: Amor e Trovão com todas as suas cores e efeitos me transportou ao saudoso Guitar Hero e, no caso, em uma edição só com as músicas dos Guns N’ Roses.

As músicas se encaixaram muito bem no filme, principalmente Welcome to the Jungle. Sério! Eu me vi ali apertando os botões do meu antigo PS ao som da música.

Contudo, como tudo utilizado em exagero não é visto com bons olhos, achei que tinha “Guns” demais no filme, a ponto de até trocarem o nome do jovem asgardiano para Axl no intuito de que os fãs não tivessem dúvidas que a banda estava presente na produção.

Vilão Mal Aproveitado

A fórmula era promissora: Christian Bale + Carniceiro dos Deuses. Contudo, foi mal aproveitada.

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Calma, vou explicar! Sei que o plot foi diferente das HQs, mas a história que nos foi apresentada até que estava boa: um ser devoto e diante da desilusão com o seu deus resolve dar fim a todos os deuses.

Eu gostei de Bale como Gorr, afinal, suas aparições eram dignas de histórias de terror. Mas acho que o personagem necessitava de mais tempo de tela, especialmente, para justificar toda a comoção dos deuses em se refugiar em um lugar, só para se esconder por medo do vilão.

Thor: Amor e Trovão – Veredicto

Antes, é necessário esclarecer sobre o que você realmente quer ver ao assistir a um filme de herói. Isto é, a melhor coisa a ser feita é curtir a experiência sem esperar que ele vá responder às trocentas teorias dos fãs. Aliás, isso já vem sendo comprovado há um bom tempo na Fase 4 do MCU.

O filme é despretensioso, cheio de ação e efeitos visuais memoráveis dignos de quaisquer filmes da Marvel.

Eu, particularmente, gostei de Thor: Amor e Trovão. Mas, não amei. Ragnarok é infinitamente melhor!

E explico: ainda que Thor seja despretensioso, há momentos no presente filme em que a carga dramática poderia falar mais alto e, nesse caso, o viés cômico deveria ser deixado de lado, para não tornar a piada sem graça.

A sensação que o filme passa é de que Taika Waititi quis tanto beber da fonte do seu antecessor, que pesou a mão em momentos nos quais mereciam outro tipo de abordagem.

Seria a maldição da direção do segundo filme? Nunca saberemos!

Menção Honrosa

Mh1: O filme possui duas cenas pós-créditos, que podem trazer várias novidades ao universo de Thor.

Mh2: Em suma, a família Hemsworth estava em peso no filme.

Mh4: Sem dúvidas, Russel Crowe é Zeus!

Mh3: Taika Waititi adora colocar um derrière em seus filmes do Thor, mas convenhamos que é mil vezes melhor a do Deus do Trovão do que a do Hulk, não?!

Até mais, e Obrigada pelos Peixes!


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