Paul Verhoeven critica Marvel e James Bond: “A sexualidade foi retirada dos filmes”

O diretor Paul Verhoeven, famoso por “Instinto Selvagem”, “Benedetta” e “Showgirls”, criticou a atual safra blockbusters hollywoodianos em entrevista à Variety.

De acordo com o diretor, filmes como os do Universo Cinematográfico Marvel “são divertidos, mas não dizem nada”.

“Hoje, Hollywood só faz filme sobre destruir coisas e explodir coisas. Às vezes esses filmes me divertem, mas a narrativa deles não me diz nada sobre quem somos neste momento da história. Não vejo muito pensamento em filmes da Marvel ou de James Bond”, comentou.

A franquia 007, que recentemente foi integrada ao catálogo do Prime Video, foi outro alvo de crítica de Verhoeven, principalmente pela falta de sexo: “Sempre houve sexo em Bond. Eles não mostravam seios nem nada, mas eles faziam sexo”.

“O sexo é a essência da nossa existência. Sem ele, não teríamos mais a espécie humana, então por que o transformamos nesse grande segredo que não pode ser falado? Há quase que um novo puritanismo [em Hollywood e na sociedade]”, apontou o diretor que sempre causou polêmica com seus filmes que não poupam nas cenas de nudez.

Verhoeven também culpou a religiosidade e o “pensamento evangélico das últimas décadas” por esse tal puritanismo, apontando que ele “introduziu a ideia que a sexualidade precisa ser voltada para a família, para um homem, uma mulher e alguns filhos”.

A sexualidade foi retirada dos filmes. Nos anos 1970, você podia falar dela, mas quando chega agora, algumas décadas depois, aqueles filmes não seriam mais feitos. Seria muito difícil lançar ‘Showgirls’ ou ‘Instinto Selvagem’ neste momento“, destacou Verhoeven.

Seu próximo filme, intitulado “Young Sinner”, deve ser um thriller erótico inspirado no gênero que ele mesmo popularizou nos anos 90.


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