Curta nacional ‘Tormenta’ participa do Ann Arbor Film Festival

Curta nacional ‘Tormenta’ participa do Ann Arbor Film Festival

Produção de Emiliano Cunha e Vado Vergara participa de um dos mais importantes eventos de cinema experimental do mundo

Tormenta
Imagem do curta-metragem “Tormenta” – crédito Arquivo Pocilga Filmes

O curta-metragem “Tormenta”, de Emiliano Cunha e Vado Vergara, participa da mostra competitiva do 60º Ann Arbor Film Festival, que acontece de 22 a 27 de março de 2022 nos EUA. Mais antigo festival de cinema experimental da América do Norte, o Ann Arbor é um dos eventos qualificadores para o Oscar. “Tormenta” já foi exibido no Festival de Cinema de Gramado e no Jihlava International Documentary Film Festival, na República Tcheca. A produção fica a cargo da Ausgang e Pocilga Filmes.

“Tormenta” fala de Maria Flor (filha do diretor Emiliano Cunha). E de outras flores também. O filme reelabora memórias registradas por dispositivos móveis e narra sensorialmente uma fábula que conta a história de uma geração de crianças que nasce em meio a um período turbulento no Brasil. Um momento de ódio latente, de pouca esperança. “Nas texturas das imagens em baixa definição, buscamos a necessidade do estar perto, do deixar-se sentir. ‘Tormenta’ é uma carta póstuma de um pai vivo para uma filha, um diálogo com um amanhã ainda a florescer”, resumem os realizadores.

Segundo os cineastas, o curta abraça o processo como forma de escrita audiovisual, como estética. “Tentamos nos afastar de algumas amarras que a produção industrial muitas vezes nos impõem”, explicam. “Era fundamental que os sons e imagens nos encontrassem. Para isso, era preciso fixar o olhar no próprio caminhar, de forma que o horizonte se desenhasse no gesto da criação”, concluem os diretores.

Assista o trailer

Ficha técnica:

Direção e Roteiro: Emiliano Cunha e Vado Vergara

Produção: Davi de Oliveira Pinheiro, Emiliano Cunha e Vado Vergara

Elenco: Maria Flor Fiori Cunha, Marilia Feix, Olivia Guerra

Imagem: Daniel Dode, Danilo Christidis, Edu Rabin, Emiliano Cunha e Vado Vergara

Arte: Emiliano Cunha e Vado Vergara

Trilha Sonora Original: Rita Zart

Montagem: Emiliano Cunha e Vado Vergara

Desenho de Som: Tiago Bello

Produção: Ausgang e Pocilga Filmes

Distribuidora: Pocilga Filmes

Cidade de realização do filme: Porto Alegre

Estado realização do filme: Rio Grande do Sul

Sobre os diretores:

Emiliano Cunha é formado em Cinema e Mestre em Comunicação. Professor de audiovisual, produtor, roteirista, diretor e sócio na Ausgang, dirigiu os premiados curtas “O Cão” (2011), “Lobos”, (2012), “Tomou café e esperou” (2013), “Sob águas claras e inocentes” (2016), “Endotermia” (2018), além das séries “Horizonte B” (2015) e “A Benção” (2020). Seu primeiro longa-metragem, “Raia 4” (2019), estreou no FICCI 2019, construindo sólida carreira em importantes festivais de cinema no Brasil e no exterior, sendo premiado com os kikitos de Melhor Longa-metragem Gaúcho, Melhor Longa Nacional pela Crítica e Melhor Direção de Fotografia no 47˚ Festival de Cinema de Gramado.

Vado Vergara é formado em Produção Audiovisual pela PUC-RS e mestrando em Poéticas Visuais no PPGAV, do Instituto de Artes, UFRGS. Diretor, roteirista, montador e sócio da Pocilga Filmes, seus filmes já circularam em diversos festivais nacionais e internacionais no circuito cinematográfico e das artes visuais. O diretor recebeu o prêmio “Lawrence Kasdan Award for Best Narrative Film”, (Oscar® Award Qualifying), no 57º Ann Arbor Film Festival, festival mais antigo de filmes de vanguarda da América do Norte, em Michigan, EUA. Vado Vergara também ganhou o prêmio de Melhor Direção no FestUni do 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.