Título: O Livro de Boba Fett |
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Ano de Produção: 2021 |
Dirigido Por: Robert Rodriguez, Bryce Dallas Howard, Kevin Tancharoen, Steph Green e Dave Filoni |
Estreia: 29 de dezembro de 2021 |
Duração: 60 minutos |
Classificação: 14 anos |
Gênero: Aventura |
País de Origem: Estados Unidos |
Sinopse: Baseado na franquia Star Wars, O Livro de Boba Fett acompanha o caçador de recompensas homônimo (Temuera Morrison) e a mercenária Fennec Shand (Ming-na Wen) enquanto eles viajam pelo submundo da galáxia e tentam reconquistar o território de Jabba the Hutt. No passado, depois de quase morrer na cova de Sarlacc e ter sua armadura de mandaloriano roubada, Boba Fett é capturado por um grupo de Tuskens. Mas depois de salvar uma criança ameaçada por uma criatura de areia, ele conquista a confiança deles. No presente, Fett e Shand buscam impor sua autoridade em Tatooine e coletar tributos de outros criminosos, mas seu poder é colocado em risco quando são encurralados por assassinos que também querem comandar o território de Hutt. |
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Após a sua inesperada aparição em The Mandalorian, todos os fãs de Star Wars, ou pelo menos, aqueles que assistiram ao filme, O Retorno de Jedi, se perguntaram como Boba Fett sobreviveu, após ser engolido pelo Sarlacc.
Esta e outras histórias do Universo Expandido de Star Wars são explicadas em O Livro de Boba Fett.
Flashbacks Memoráveis
Em síntese, podemos dizer que a série possui duas histórias:
A primeira, conta a versão linear, isto é, exatamente, após os últimos acontecimentos de The Mandalorian, quando Boba Fett e Fennec Shand tomam o Castelo de Jabba; e a segunda, a resposta definitiva em relação à sobrevivência do caçador de recompensas, após servir de “petisco” ao Sarlacc, no Episódio VI.
E esta segunda parte, cercada de flashbacks, me atrevo a dizer, foi um dos melhores plots do seriado. Mas, não em função de como escapou da criatura citada, mas sim, sua interação com o Povo da Areia.
São nos flashbacks que passamos a entender como Boba Fett mudou a sua essência de um frio caçador de recompensa, para um personagem que quer muito mais além do que fazer o trabalho sujo de outros.
E isso acontece com a relação de Boba com os Tuskens. A forma como o enredo mostra que de prisioneiro, Fett passa a ser um deles é um dos pontos altos de toda a série, pois passamos a torcer por aqueles que antes eram “antagonistas” no universo de Star Wars.
O Poderoso Caçador de Recompensas
Povos em confronto tentando conquistar um determinado território. Uma reunião de supostos “aliados” envoltos a uma mesa farta, mas repleta de intrigas, desconfianças e ameaças veladas.
Provavelmente, você já deve ter visto esse enredo de famosos filmes da máfia, dentre eles, é claro, o Poderoso Chefão. E vou te dizer, a série bebe muito dessa fonte, pois basicamente, toda a história remete ao confronto entre Boba Fett e o Sindicato Pyke.
No entanto, fiquei um pouco decepcionada com o desfecho. Nada contra o episódio final, muito pelo contrário, mas senti que a série buscou “empurrar” todo o conflito para o sétimo e último episódio, cujo acerto de contas não impressionou. Ou os “plots twits”, que poderiam gerar uma comoção maior, soaram previsíveis.
O Livro do Mandaloriano
No final do episódio 4, quando Boba Fett e Fennec Shand conversavam sobre buscar mais aliados para a guerra contra o Sindicato Pyke, e passou a tocar o tema de The Mandalorian, meu coração saiu pela boca, afinal, Din Djarrin retornaria.
E com isso, tivemos não um, mas dois episódios focados na trama de The Mandalorian. Onde nem o protagonista da série, Boba Fett, sequer apareceu.
Isto é, as dúvidas que achávamos que iriam ser respondidas somente na terceira temporada de The Mandalorian, foram todas respondidas em dois episódios e meio. Foi o que os fãs disseram nas redes sociais: “É um The Mandalorian 2,5”.
Vou afirmar que ambos os episódios me fizeram chorar, mas passada a nostalgia do brilhantemente fan service apresentado, fiquei encucada de como usaram dois episódios inteiros de Boba Fett, sem a aparição do protagonista. Senti que a série não acreditava no seu próprio enredo e necessitava trazer algo a mais para que pudesse fazer sucesso. E quê algo mais, hein!?
Fan Service, Fan Service e Mais, Fan Service
O Livro de Boba Fett não só nos abrilhantou com um fan service, mas com vários. No entanto, Dave Filoni e Jon Favreau nos mostraram que dá para fazê-los de forma coerente e com muito respeito aos fãs de Star Wars.
Eu chorei ao ver Luke Skywalker ensinado os primeiros caminhos dos Jedi a Grogu, ou, ainda, carregando-o nas costas como fazia com Yoda, em O Império Contra-Ataca.
Ou, com a cena mais memorável de toda a série na minha opinião: A conversa entre Luke e Ahsoka, ex-padawan de Anakin Skywalker. Para quem conhece e admira Ahsoka, como eu, foi surreal ver a interação entre os dois (assistam à série Clone Wars para entenderem o que estou falando).
E com o fan service, podemos perceber que a série caminha, coerentemente, com o enredo de Luke Skywalker nos Episódios VII, VIII e IX de Star Wars, principalmente, quando Luke pede para que Grogu escolha entre ser um Jedi (com o sabre de luz do próprio Yoda) ou voltar para o seu pai, Din Djarrin.
“Novos” Personagens
Assim como fez em The Mandalorian, o Livro de Boba Fett trouxe à versão live action de Star Wars, personagens do universo expandido, desde o wookiee, Krrsantan Negro (que aliás, amei o jeito como Boba o chama: Santo rs) até o memorável personagem Cad Bane.
Este, aliás, que realmente deu nome ao episódio 6: “Do deserto vem um estranho.”Sacada genial do enredo que nos confundiu com o retorno de Cobb Vanth, no melhor estilo “Velho Oeste”.
A única coisa que poderiam ter deixado de fora, são os “Power Rangers motorizados” que se aliam a Boba Fett. Ou criam um enredo melhor para eles em uma suposta nova temporada ou, em nada, servirão para a história.
Final Apático
Para embasar o meu entendimento, vou ao multiverso da Marvel, precisamente, nas palavras de Tio Ben, em Homem-Aranha: “Grandes poderes requerem grandes responsabilidades”.
Isso porque, quando se eleva o hype da série, supostamente, se entende que o final esteja no mesmo patamar que os seus episódios anteriores. O que infelizmente não aconteceu.
Quero que fique bem claro, que não estou reclamando do plot entre Din e Boba sobre o significado de honra e sua luta, ao final, contra o Sindicato Pyke. Ou, ainda, do confronto entre Fett e Bane. E, claro, do maravilhoso reencontro entre o Mandaloriano e Grogu.
Mas se compararmos todo o hype criado pela série, juntamente com seu desfecho, creio que o senti incongruente. Ou seja, faltou algo ou não impressionou.
Isto é, o episódio foi bem amarrado e coeso? Claro que sim! Contudo, não teve nenhum plot twist realmente interessante ou que criasse um gancho para uma nova temporada.
E, devo dizer, nem a cena pós-créditos me pareceu grande coisa. O que nos resta a dúvida se haverá ou não uma nova temporada.
Menção Honrosa
MH 1: Dou menção honrosa ao trabalho gráfico realizado com Luke Skywalker. A melhora na computação gráfica em O Livro de Boba Fett é mil vezes superior ao último episódio de The Mandalorian. (Só não entendi, até agora, como Luke abandona o Grogu nas mãos de R2D2, para devolvê-lo ao seu “pai”, em meio a uma “guerra”. Juizados de Menores, por favor!? Rsrsrs).
MH 2: Temuera Morrison e Ming-na Wen trabalharam brilhantemente como Boba Fett e Fennec Shand, mostrando que entenderam perfeitamente a essência de seus personagens.
MH 3: Boba Fett montado no Rancor!!!!
Até mais, e que a Força esteja com vocês!
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